Passe subiu de preço, mas vai oferecer promoções. Afinal, ainda vale a pena?
Rápido como uma bala: assim é o Shinkansen, o trem ultra-rápido japonês, que se tornou um meio de transporte indispensável para quem visita o Japão. O maior atrativo era o JR Pass, um bilhete com preços irresistíveis para quem pretende visitar várias cidades do país. Porém, o sonho de viajar ilimitado no trem-bala pode estar ficando para trás para a maioria dos viajantes. Em abril, o Grupo JR anunciou um reajuste dos preços dos passes, cujos valores vinham sido corroídos pela desvalorização do iene e por outros fatores econômicos. Os novos preços, válidos a partir de 1° de outubro, são:
Vagão comum
7 dias = 50 mil ienes
14 dias = 80 mil ienes
21 dias = 100 mil ienes
Vagão Green
7 dias = 70 mil ienes
14 dias = 110 mil ienes
21 dias = 140 mil ienes
O que é o JR Pass?
É um bilhete promocional que permite o uso dos trens do Grupo JR em todo o território japonês por um período de tempo, sempre contado de forma consecutiva. Além dos trens, o JR Pass ainda é aceito em certas linhas de ônibus locais e na barca de Miyajima operada pelo grupo. Existem, porém, algumas limitações. No caso dos trens-bala, o passe não inclui o uso dos trens superexpressos das Linhas Tokaido e Sanyo que param somente nas estações mais importantes. Esses serviços são chamados de Nozomi e Mizuho.
Além do preço, a principal mudança é que, a partir da outubro, esses serviços de trem mais rápidos estarão disponíveis para os portadores do JR Pass dispostos a pagar uma taxa extra. Os valores variam de acordo com o trajeto da viagem. Alguns exemplos:
Tokyo - Nagoya = 4.180 ienes por viagem
Tokyo - Kyoto/Shin-osaka = 4.960 ienes por viagem
Tokyo - Hiroshima = 6500 ienes por viagem
As vantagens de usar os serviços Nozomi e Mizuho são chegar mais rápido, ter muito mais opções de horário e a chance de ter mais assentos disponíveis por viagem, já que os bilhetes para estes trens são um pouco mais caros também para os viajantes comuns.
Métodos de compra
A partir de outubro, o passe passa a ser vendido de duas maneiras: através do website oficial da JR e de agências de turismo autorizadas fora do Japão. O preço é o mesmo nos diversos canais. A única diferença é que, através das agências, o prazo de ativação do passe continua sendo de três meses a partir da data da compra. No site do Grupo JR, a ativação pode ser feita até um mês após a aquisição do passe, com data definida.
Descontos em atrações
Outra novidade serão os descontos em atrações. Portadores do JR Pass poderão ter abatimentos em pontos turísticos afiliados de todo o país. Porém, a lista de locais onde o benefício será válido só será divulgada em setembro.
E vale a pena?
É preciso ver caso a caso. A melhor forma de saber se o passe vale a pena para a sua viagem é colocar os preços avulsos dos bilhetes no papel. O site Japan Guide criou uma calculadora para este fim. Você pode acessá-la aqui. De qualquer modo, com o reajuste, vai ser mais difícil fazer o passe compensar, em especial se você procura fazer uma viagem sem pressa, aproveitando o tempo em cada local.
Uma alternativa são os passes regionais voltados para turistas estrangeiros. Eles foram criados para incentivar o turismo em regiões ainda pouco acessadas por quem vem de fora do país. Porém, nenhum desses passes engloba o trecho mais usado, Tóquio ⇀ Kyoto ⇀ Osaka. A Tokyo Aijo preparou um guia sobre esses passes. Quem sabe eles podem inspirar os viajantes a sair da rota?
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