Descubra estratégias para escapar do turismo de massa e viver experiências marcantes na Terra do Sol Nascente
Parece que todo mundo está no Japão. Artistas de TV, influenciadores, gente da gastronomia e até aquele seu amigo que você não vê há tempos estão nas redes sociais, em fotos e vídeos no Cruzamento de Shibuya, nas feirinhas de Kyoto ou com o Monte Fuji ao fundo.
Também já se comenta que tudo está meio lotado. Como está todo mundo no Japão — e, não por coincidência, nos mesmos lugares —, é impossível não topar com uma multidão aqui e acolá.
Depois de uma longa lua de mel com viajantes que saem extasiados e prometendo voltar em breve, surgem agora influenciadores de viagem surfando na onda do fale mal. Em vídeos, eles "revelam" os “segredos do Japão como um destino superestimado”. Logo eles, que têm muita responsabilidade na superlotação de lugares ao redor do mundo.
Mas a sua viagem ao Japão não precisa ser um confronto com hordas de turistas. É possível criar momentos especiais e viver experiências únicas sem estar cercado de gente o tempo todo. Aqui vão algumas dicas.
Viaje com propósito
Todo mundo tem um propósito de viagem, certo? Errado. A maioria escolhe um destino por motivos variados, que vão desde o interesse pela cultura local até a pressão de amigos e familiares. Pouca gente realmente reflete sobre o propósito de uma viagem, o que faz com que o planejamento se resuma a uma lista de locais a visitar.
Não é necessário que a viagem tenha um único propósito, claro. Quem visita o Japão pode, por exemplo, combinar diferentes interesses. Alguém apaixonado por determinado animê pode explorar a sociedade japonesa por meio das locações e paisagens vistas na obra. Quem aprecia arte pode planejar visitas a museus, galerias, ateliês ou até participar de workshops.
As duas coisas definitivamente não são excludentes. Diversos propósitos podem se cruzar, criando uma teia de vivências que podem te afastar das multidões que só querem bater cartão nos pontos turísticos.
Enterre a ideia de turismo de atrações
A maioria dos turistas baseia a viagem em uma lista de lugares para visitar. Não por acaso, esses locais acabam sendo os mesmos para todos. No Japão, são templos, santuários, parques, torres e outros pontos que se tornaram ícones lotados.
Para evitar o turismo de massa, substitua a ideia de “visitar atrações” por uma “viagem de experiências”. Em vez de ir ao templo X apenas para vê-lo, descubra o que você pode fazer lá. O espaço oferece meditação? Tem um jardim para contemplação? Há uma casa de chá ou um museu com relíquias históricas?
Saber o que se pode fazer além de tirar fotos para as redes sociais é o que nos ajuda a entender o sentido de visitar um determinado lugar em detrimento de outro. Essa abordagem transforma a visita em uma experiência única.
Saia, sim, da rota batida
Não dá para fugir de multidões se você insiste em visitar os mesmos lugares que todo mundo. Por mais que desejemos exclusividade, não é possível fechar o Pavilhão Dourado do Kinkakuji, em Kyoto, só para nós, correto? Porém, se a sua intenção é desfrutar beleza arquitetônica e de paisagismo, existem muitos outros templos, tanto em Kyoto quanto em outras cidades.
A experiência será a mesma? Não, mas também não precisa ser. Uma viagem é feita de escolhas. Com um propósito bem definido, abrir mão do óbvio para explorar opções menos populares passa a fazer sentido. Naoshima está cheia? Que tal conhecer a região de Echigo-Tsumari? A fila do lámen indicado pelo influenciador está gigantesca? Busque recomendações de escritores especializados que indicarão lugares ainda melhores. E isso nos leva ao próximo ponto.
Evite dicas de influenciadores de viagem
Hoje ninguém viaja sem consultar Instagram ou TikTok. O problema é que muitos influenciadores de viagem replicam roteiros genéricos e sem critério, apenas copiando o que outros já fizeram.
Esse conteúdo eleva lugares medianos ao status de pontos de peregrinação, criando um ciclo vicioso: todo mundo quer tirar a mesma foto e gravar o mesmo vídeo, perpetuando uma falta de criatividade desesperadora — e enchendo os locais de gente sem propósito de viagem.
Em outras palavras, com raras exceções, se o influenciador do momento visitou determinado local, considere seriamente eliminá-lo da sua lista. Há grandes chances de ser uma furada — e de estar lotado.
Viajar pelo Japão pode ser uma experiência transformadora, desde que você esteja disposto a olhar além do óbvio e trilhar seu próprio caminho. Com propósito, curiosidade e um pouco de planejamento, é possível descobrir mais sobre o Japão, criando momentos únicos e, principalmente, longe das multidões. Permita-se explorar, experimentar e viver o país de uma forma que ressoe com seus interesses e paixões. Afinal, a melhor viagem é aquela que fica gravada na memória e no coração.
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